Presidente do Tribunal Supremo (TS) de Moçambique promete responsabilizar os autores, incitadores e financiadores das manifestações. "Estão identificados, [mas] não vou falar aqui os nomes, estamos a trabalhar", disse.
Em declarações, Adelino Muchanga, o presidente do Tribunal Supremo disse que autores dos protestos serão responsabilizados, indicando que a ação visa proteger os "alicerces do Estado"
"É para não passar a ideia de que há impunidade, de que as pessoas podem acordar e fazer o que querem, portanto, vamos responsabilizar os autores materiais, os autores morais, os incitadores, os financiadores, os promotores", disse o presidente do Tribunal Supremo (TS), Adelino Muchanga, após visitar alguns tribunais destruídos e vandalizados durante tumultos.
Este trabalho, acrescentou "está sendo feito e penso que a sociedade percebe que é o momento do Estado impor a sua autoridade". Em causa estão as manifestações e paralisações em Moçambique desde outubro passado contra os resultados eleitorais durante as quais houve destruição de infraestruturas públicas e privadas.
"São vários e estão identificados. Como disse não vou falar aqui os nomes, mas estamos a trabalhar para fazer o mapeamento de todas as situações, sabemos que esta organização está estruturada, tem líderes a nível central, a nível local, nas povoações, portanto, as pessoas não podem pensar que o Estado não existe", disse Muchanga.
O presidente do Tribunal Supremo de Moçambique disse, em dezembro passado, que não existe uma ordem de prisão contra Venâncio Mondlane, candidato presidencial que lidera, a partir do estrangeiro, a maior contestação contra os resultados eleitorais que o país viveu.
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