Um onda de manifestações tomou conta das ruas de Moçambique, com cidadãos clamando por melhores condições de vida e a redução do custo de bens essenciais. A insatisfação popular está diretamente ligada ao aumento constante dos preços de produtos básicos, que têm sufocado o orçamento das famílias moçambicanas.
Neste contexto, um economista alertou que a remoção do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) em produtos fundamentais, embora possa parecer uma solução imediata para aliviar as despesas das populações, pode trazer consequências negativas para a liquidez do Estado. Segundo ele, a diminuição dessa receita tributária pode inviabilizar investimentos em serviços públicos essenciais, como saúde e educação, agravando assim a situação econômica do país a longo prazo.
Os cidadãos estão divididos em suas opiniões sobre a medida. Para alguns, a isenção do IVA é uma resposta positiva às suas preocupações financeiras, oferecendo um alívio que chegam a esperar por meses. No entanto, há uma parcela significativa da população que questiona a eficácia dessa política, temendo que não traga os benefícios esperados e que a situação econômica do país continue a deteriorar-se. Essa incerteza tem alimentado os protestos nas principais cidades, onde os moçambicanos exigem não só a redução dos preços, mas também um diálogo aberto com o governo em busca de soluções sustentáveis para seus problemas.
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